Data: 14-03-2012
Criterio:
Avaliador:
Revisor: Miguel d'Avila de Moraes
Analista(s) de Dados: CNCFlora
Analista(s) SIG:
Especialista(s):
Justificativa
Espécie recentemente descrita, tem sido coleta na última década em áreas disjuntas da Bahia, Goiás, em diversos habitats arbustivos dos campos rupestres e cerrados, inclusive sob vegetação secundária. Foi considerada extinta no Estado de São Paulo. É necessário estudos genético, populacional e da biologia e sistemas reprodutivos para medidas de conservação mais efetivas.
Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.
Nome válido: Borreria pulchristipula (Bremek.) Bacigalupo & E.L.Cabral;
Família: Rubiaceae
Sinônimos:
Espécie descrita em Bol. Soc. Argent. Bot. 34(3-4):151. 2000.
Espécie ocorre nos estados do Pará, Tocantins, Bahia, Mato Grosso, Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo, e provavelmente na região sul do país (Cabral; Salas, 2012).
Caracteriza-se por ervas decumbentes de até 60cm de altura (Bacigalupo; Cabral, 2007); floresce e frutifica quase o ano todo (Cabral et al., 2011).
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes
ACaatinga é uma das maiores e mais distintas regiões brasileiras. Ela compreende uma área aproximada de 800.000km², representando 70% da região nordeste e 11% do território nacional. Utilizando somente as informações do IBGE(1993), estimou-se que a cobertura por atividades agrícolas na região é de201.786 km². Esta área modificada se estende por praticamente toda a Caatinga.Adicionando a área de impacto das estradas à área estimada pelo IBGE econsiderando a largura do impacto de antropização causado pelas estradas de 1 a10km, estima-se que as áreas alteradas da caatinga variam de 223.100km²(30,38%) a 379.565 km² (51,68%). Independente da estimativa adotada, uma importanteparcela da área da Caatinga foi bastante modificada pelas atividades humanas.Algumas dessas áreas, previamente ocupadas pela agricultura, possuem granderisco de desertificação, exigindo ações urgentes de restauração da vegetaçãooriginal (Castelleti et al., 2003).
1.1 Agriculture
Detalhes
A degradação do solo e dos ecossistemas nativos e adispersão de espécies exóticas são as maiores e mais amplas ameaças àbiodiversidade. A partir de um manejo deficiente do solo, a erosão pode seralta: em plantios convencionais de soja, a perda da camada superficial do soloé, em média, de 25ton/ha/ano. Aproximadamente 45.000km2 do Cerrado correspondema áreas abandonadas, onde a erosão pode ser tão elevada quanto a perda de130ton/ha/ano. O amplo uso de gramíneas africanas para a formação de pastagensé prejudicial à biodiversidade, aos ciclos de queimadas e à capacidadeprodutiva dos ecossistemas. Para a formação das pastagens, os cerrados sãoinicialmente limpos e queimados e, então, semeados com gramíneas africanas,como Andropogon gayanus Kunth., Brachiaria brizantha (Hochst. ex. A. Rich) Stapf, B. decumbens Stapf, Hyparrhenia rufa(Nees) Stapf e Melinis minutiflora Beauv. (molassa ou capim-gordura). Metade daspastagens plantadas (cerca de 250.000km2 - uma área equivalente ao estado deSão Paulo) está degradada e sustenta poucas cabeças de gado em virtude dareduzida cobertura de plantas, invasão de espécies não palatáveis e cupinzeiros(Klink; Machado, 2005).
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes
Vivem no entorno da Mata Atlântica aproximadamente 100milhões de habitantes, os quais exercem enorme pressão sobre seusremanescentes, seja por seu espaço, seja pelos seus inúmeros recursos. Aindaque restem exíguos 7,3% de sua área original, apresenta uma das maioresbiodiversidades do planeta. A ameaça de extinção de algumas espécies ocorreporque existe pressão do extrativismo predatório sobre determinadas espécies devalor econômico e também porque existe pressão sobre seus habitats, seja, entreoutros motivos, pela especulação imobiliária, seja pela centenária prática detransformar floresta em área agrícola (Simões; Lino, 2003).
1.2.2.3 Sub-national level
Situação: on going
Observações: Presumivelmente Extinta (EX) no estado de São Paulo (SMA-SP, 2004).
- BACIGALUPO, N.M.; CABRAL, E.L. Borreria (Rubiaceae). In: MELHEM, T.S.; WANDERLEY, M.G.L.; MARTINS, S.E.; JUNG-MENDAÇOLLI, S.L.; SHEPHERD, G.J.; KIRIZAWA, M. Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo. São Paulo: FAPESP-Hucitec, p.277-285, 2007.
- KLINK, C.A.; MACHADO, R.B. A conservação do Cerrado brasileiro. Megadiversidade, v. 1, n. 1, p. 147-155, 2005.
- SIMÕES, L.L.; LINO, C.F. Sutentável Mata Atlântica: a exploração de seus recursos florestais. São Paulo: Senac, 2003.
- CABRAL, E.; SALAS, R. Borreria pulchristipula in Borreria (Rubiaceae) in Lista de Espécies da Flora do Brasil., Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2012/FB020705>.
- CASTELLETI, C.H.M.; SANTOS, A.M.M.; TABARELLI, M.; SILVA, J.M.C. DA. O quanto resta da Caatinga? Uma estimativa preliminar. Recife: Universidade Federal de Pernambuco, 2005. 719-734 p.
- CABRAL, E.L.; MARI, E.; PIRE, S.M. Borreria secc. Pseudodiodia (Rubiaceae), aportes taxonômicos y palinológicos. Bonplandia, v. 15, n. 1-2, p. 79-90, 2006.
- CABRAL, E.L.; MIGUEL, L.M.; SALA, R.M. Dos especies nuevas de Borreria (Rubiaceae), sinopsis y clave de las especies para Bahia, Brasil., Acta Botanica Brasilica, v.25, p.255-276, 2011.
CNCFlora. Borreria pulchristipula in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora.
Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Borreria pulchristipula
>. Acesso em .
Última edição por CNCFlora em 14/03/2012 - 19:57:25